quarta-feira, 24 de junho de 2015


Diferentes tipos de coroa na numismática  romana

São numerosos os tipos de coroa que podemos ver na numismática da República e Império romano.

Entre muitas outras podemos citar a Coroas Cívica, a Coroa Triunfal (a mais comum), Coroa Mural (Corona Muralis), Coroa Rostrata (ou Naval), Coroa Obsidional (Gramínea Corona, ou Coroa Floral), Coroa Radiada, (símbolo do sol), Coroa Spicea (ou Spicea Corona), Coroa de Pampre, (ramos de videira), Coroa Credemnon (Hera) e outras mais.

Todavia existe uma coroa dupla composta por rostros e ameias de castelo, a que podemos chamar Rostrata  Murale.  

Durante os períodos da República e Império Romano, as coroas marcaram presença em todas as recompensas.
As mais usuais mas também as mais prestigiosas eram atribuídas por ações de coragem e bravura, representando assim um elevado valor moral, seja pelo seu exemplo, ou suas consequências.

Quem fosse recompensado com uma coroa, tinha o direito de a usar perpetuelemente em locais públicos.

Coroa Cívica

Era atribuída a quem salvasse a vida dum cidadão romano e matasse o seu agressor.
Como era impossível atribuir um preço à vida dum romano, esta coroa era composta por dois simples ramos de carvalho, e foi a segunda das coroas de honra militares.
Todavia, aquele a quem esta distinção era atribuída, beneficiava da estima e respeito geral de todos os cidadãos, assim como duma insenção perpétua de todos os impostos. 

República Romana-Denário serrado, cunhado em Roma, cerca de 105 a.C.
Anv. Vulcano com a coroa cívica à direita, estrela e tenaz, B
Rev. Águia no interior duma coroa cívica, L COT
(Ref. Sydenham-577; Crawford-314/1b)

Augusto-Denário cunhado em Roma no ano 17 a.C.
Anv. Augusto com coroa Cívica, feita de ramos de carvalho (com bolotas) à esquerda,
CAESAR AVGVSTVS
Rev. oito raios e cauda de cometa
DIVVS JVLIVS
((Ref. RIC-37b ; rsc-97 ;BMC-326)

Augusto-Denário cunhado em Espanha em 19-18 a.C.
Anv. Augusto cabeça nua à direita,
CAESAR AVGVSTVS
Rev. Coroa Cívica, 
OB CIVIS SERVATOS
(Ref. RIC- 40b;  BMCRE-331; CBN-1290; Cohen-211)

Calígula-Sestércio cunhado em Roma 37-38
Anv. Calígula laureado à esquerda,
C CAESAR AVG PON M TR POT III COS III
Rev. Coroa Cívica,
SPQR PP OBCIVES SERVATOS
(Ref. RIC-37r; Cohen-24)

A legenda deste  anverso mostra que ao contrário de Tibério, Calígula aceitou de imediato as honras que o Senado lhe atribuiu; as coroas Triunfal e Cívica.
(Dion Cassius, Histoire de Romaine, Livre 59, III))

Calígula tornou-se então o momarca mais absoluto.
Todos os títulos que Augusto dificilmente aceitou durante todo o seu reinado atribuídos por decreto, e que Tibério também não queria aceitar, Calígula aceitou e recebeu-os todos num dia, exceto o P P,  “Pai da Pátria” na legenda do reverso,  que lhe foi recusado pelo Senado,  mas que se atribuiu ele mesmo pouco tempo depois.

Coroa Triunfal

Tibério-Denário cunhado em Londres 14-37
Anv. Tibério com coroa Triunfal (ou laureado) à direita,
TI CAESAR DIVI AVG F AVGVST
Rev. Lívia ou a PAX sentada num trono,
PONTIF MAXIM
(Ref. RIC-26; BMCRE-34; RSC-16)

Nero-Sestércio cunhado em Roma, cerca de 67
Anv. Nero laureado à direita,
IMP NERO CLAVD CAESAR AVG GERM P M  TR P XIII P P
Rev. Roma sentada à esquerda  ROMA S C
(Ref. RIC I-356; WCN-168; MNCRE-116var.; Cohen-285var.)

Feita de ramos de loureiro, (depois em ouro) era o símbolo da vitória.
Durante o período da República era uma recompensa atribuída unicamente aos generais vencedores.
A coroa Triunfal era utilizada em cerimónias para festejar as vitórias, durante as quais um grande cortejo composto de carros com prisioneiros reduzidos à escravidão, do fruto do saco, e troféus de guerra, subia a Via Sacra até ao templo de Júpiter no Capitólio, onde a coroa era consagrada a este deus.
Símbolo inseparável do título do imperador, a coroa de louro durante o império passou a ser um atributo do príncipe:  um sinal da sua autoridade e  poder supremo sobre o exército.

Coroa Mural (Corona Muralis)

Roma-AE 20 anónimo cerca de 217-215 a.C.
Anv. Busto feminino à direita com coroa Mural
Rev. Cavaleiro galopando à direita,  ROMA
(Ref. Crawford-39/5; Sydenham-97; BMCRR(Romano-Companian)136)

Augusto-denário cunhado em Roma em 12 a.C.
(pelo moedeiro Cossus Comelius Lentulus)
Anv. Augusto com coroa Cívica à direita,
AVGVSTVS COS XI
Rev. Agripa com a coroa dupla, Rostrata Mural à direita,
M AGRIPA COS TER COSSVS LENTVLVS 
(Ref. RIC I-414 ; RSC I (Agrippa e Auguste); BMCRE-121; BMCRR Rome4671; BN, 548-50)

Antiga condecoração militar, mais tarde um elemento héraldico.
Decorada com torreões é uma das mais altas decorações militares, era de ouro e recompensava o primeiro  a escaladar a muralha duma cidade inimiga e ali colocasse o seu estandarte.
Esta coroa também era utilizada por imperadores, aquando dos festejos de vitórias de batalhas, ou anexação ao império de alguma cidade, região, ou província.

Coroa Rostrata (ou Naval)

Augusto-Dupondio cunhado em Nemauso (Nines França) em 20-10 a.C..
Anv. Agripa com coroa Rostrata (ou naval), e Augusto com coroa Triunfal, 
IMP DIVI P F
Rev. Crocodilo acorrentado a uma palmeira,  COL NEM
(Ref. RIC-115; RPC-523; Cohen 7-523; Sear-1729)


Agripa-Reinado de Calígula, Asse cunhado em Roma 37-41
Anv. Agripa com coroa Rostrata (ou Naval) à esquerda,
M AGRIPA L F COS III
Rev. Netuno nu com o manto nos braços, um golfinho na mão direita e tridente na esquerda,   S C
(Ref. RIC-58; BMC-161(Tiberius); Cohen-3)

A coroa Rostrata (ou coroa Naval), era atribuída ao primeiro romano que subisse a bordo dum navio inimigo, aquando da sua abordagem numa batalha naval, ou ao comandante pela sua coragem e habilidade para alcançar a vitória.
Era chamada de coroa Rostrata, por ser ornamentada com rostros; esporões de bronze situados na proa dos navios de guerra  e destinados a destruir o casco dos barcos inimigos.

Estes esporões tomados aos vencidos eram expostos como troféus particularmente gloriosos.
A Tribuna da Arenga no Foro Romano, era cercada de colunas ornamentadas com os esporões tomados aos navios dos Volques, na batalha de Antium no ano 338 a.C.

Augusto distinguiu o seu fiel lugar-tenente Agripa com esta recompensa, por ter vencido a frota de Marco António na batalha de Ácio no ano 31a.C.

Coroa Obsidional (ou Gramínea Corona)

Repúbica (C. Serveilius, monetário)
Denário cunhado em Roma no ano 57 a.C.
Anv. Flora com coroa Obsidional à direita,
FLORAL PRIMVS
Rev. Dois soldados, C. CERVEIL  C.F
(Ref. Crawford-423/1 ; Sydenham-890 ; Kestner-3448 ; BMCRR-3817)

(Flora na mitologia romana, Clóris na grega; é a ninfa das ilhas Afortunadas.
Esposa de Zéfiro é a deusa das flores).

Augusto-Áureo (oficina  incerta) após 30 d.C.
Anv.Augusto com coroa Obsidional à esquerda,  CAESAR
Rev. Boi à esquerda,  AVGVSTVS
(Ref. RIC-536; CNB-1007; Calico-170; Biaggi-86)

Conhecida por coroa Obsidional (ou Gramínia corona), durante o período da República e início do Império, era considerada uma das mais prestigiosas e distinguia aquele que tivesse salvo um exército romano, ou uma cidade sitiada, aquando duma situação desesperada.

Era composta de flores silvestres e ervas daninhas, recolhidas no sítio onde teve lugar a batalha ou cerco.
O Senado que viu em Augusto “o salvador perpétuo do Império”, atribuíu-lhe esta coroa no ano 30 a.C.

Coroa Radiada

República Romana-Mânio Aquílio, cônsul em 101 a.C.
Denário cunhado em Roma 101-109
Anv. Sol com coroa Radiada à direita, X
Rev. A Lua conduzindo uma biga à direita, MN AQUIL ROMA
(Ref. RSC-1; Crawford-303/1; Sydenham-557; CNG-2002)

Augusto-Denário, (póstumo) cunhado em Roma em 19-18 a.C.
(Moedeiro, L. Aquillius Florus)
Anv. Augusto com coroa Radiada à direita
L AQVILLIVS FLORVS III VIR
Rev. Parta (ou parto) com um joelho no chão, e um estandarte na mão direita,
CAESAR AVGVSTVS SIGN RECE
(Ref.RIC I-304; BMC-40; RSC-358)

Nero-Dupôndio cunhado em Roma em 64
Anv. Nero com coroa Radiada à direita,
NERO CLAVDIVS CAESAR AVG GERM P M  TR P IMP PP
Rev. Vitória alada à esquerda,
VICTORIA AVGVSTI   S C
(Ref. RIC-201; BMC-220; MacDowell-191)

A coroa Radiada simboliza os raios do sol.
Já conhecida em moedas da República, foi concedida pelo Senado a Augusto, a título póstumo.
Nero foi o primeiro imperador a receber esta  coroa enquanto vivo.

Nero-Dupôndio cunhado em Roma no ano 63
Anv. Nero com coroa Radida à direita,
NERO CLAVD CAESAR AVG GER P M TR P IMP P P
Anv. Grande mercado de Nero, MAC AVG  S C
(Ref. RIC-185; Sear-1963; BMC-193; WCN-207)

Durante muito tempo esta coroa serviu para diferenciar o dupônduo do asse e do sestércio, nas moedas de bronze.
A partir do reinado de Caracala, ela passou a ser a principal característica da nova moeda criada pelo imperador: “o antoniniano”.
Neste tipo de moeda, a efígie das imperatrizes assenta sobre um crescente de lua.
O casal imperial fica assim assimilado ao sol e à lua.

Caracala-Antoniniano cunhado em Roma em 215
Anv. Caracala com coroa Radiada e drapeado à direita,
ANTONINVS  PIVS AVG GERM
Rev. Júpiter com um bastão na mão esquerda e tridente na direita,
P M TR P XVIII COS IIII P P
(Ref. RIC-258b; RSC-279ª)

Salonina-Antoniniano cunhado em Antioquia em 264
Anv. Salonina com diadema e drapeada à direita
SALONINA AVG
Rev. Juno com cetro e patera à esquerda
IVNO REGINA
(Ref. RIC-92; Sear-10641; Goebl-1619)

Pensa-se que estes dois atributos eram a marca de uma duplicação do valor, como tenderia a provar a coroa Radiada utilizada por Trajano Décio, e o crescente de lua sob o busto de Estrucila (sua esposa), que encontramos nos duplos sestércios cunhados por este imperador a partir do ano  250 d.c.

Trajano Décio-Duplo sestércio cunhado em Roma em 250-251
Anv. Trajano o com coroa Radiada e drapeado à direita,
IMP C M Q TRAIANVS DECIVS AVG
Rev. Felicitas com um caduceu na mão direita e uma cornucópia na esquerda,
FELICITAS SAECVLI S C
(Ref. RIC-115a; Cohen-39; Sear-9395)

Herênia Etruscila-Duplo sertércio cunhado em Roma, 250-251
Anv. Buso de Etruscila com diadema à direita sobre um crescente de lua,
HERENNIA ETRVSCILLA AVG
Rev. Pudicitia sentada à esquerda com cetro na mão esquerda
PVDICITIA AVG  S C
(RIC-136ª; Cohen 21; Sear-9502)

Coroa Spicea (ou Spicea Corona) de  espigas de trigo

República
L. Cassius Caecianus-Denário cunhado em Roma 102 a.C.
Anv. Ceres com coroa Spicea à esquerda,(de espigas de trigo)
CAEICIAN,
Rev. dois bois atrelados à esquerda, L CASSI V
(Ref. Sear5-142, Crawford-321/1; Sidenham-594)

Albinus Postumius Brutus-Denário cunhado em Roma em 48 a.C.
Anv. Postúmio à direita,
A POSTVMIVS COS
Rev. ALBINVS BRVTI F no interior duma coroa Spicea
(Ref. BMCRR-3967; CRR-943; RCV-428; MRR-1398)

Galiano- Áureo cunhado em Roma 260-268
Anv.Galieno com coroa Spicea à esquerda,
GALLIENAE  AVGVSTAE
Rev. Vitória conduzindo uma biga à direita, VBIQVE PAX
(Ref. RIC-72; Cohen-1018)

Símbolo da agricultura, das colheitas e da fecundidade, a coroa Spicea é o atributo principal da deusa Ceres (Deméter dos gregos), era hábito colocar coroas de espigas no seu templo.
Deusa dos grãos e dos cereais, a principal festa do seu culto chamada Cereália, Ludi Cereris, ou ainda Ludi Ceriales (jogos de Ceres), de início festejada em ocasions extraordinárias, mais tarde teve lugar todos os anos entre os dias 12 e 19 de abril.
Era uma festa alegre, e toda a gente se vestia de branco durante o festejo.
Ceres foi adotada pelos romanos no ano 496 a.C. aquando duma fome devastadora.
A coroa Spicea é considerada uma das mais antigas coroas romanas, e chegou a ser era usada pelos sacerdotes aquando de cerimónias religiosas. 

A coroa Spicea também aparece em moedas das mulheres da Domus Augusta, como Lívia, Antónia e Agripina Minor.

Livía-AE 16 cunhado em Alexandria (Egito) 14-19
Anv. Livía com diadema à direita
Rev. Ramo com duas espigas de trigo e duas papoilas  L Δ
(Ref. Dattari, 104-5; RPC-5079)

Antónia Minor-áureo cunhado em Lião entre 41 e 45
(Cunhado durante o reinado do seu filho Cláudio)
Anv. Antónia com coroa Spicea à direita,
ANTONIA AVGVSTA
Rev. Duas tochas acesas e guirlanda,
SACERDOS DIVI AVGVSTI
(Ref. RIC-67; BMC-112; Sear-1899)

Agripina Minor-Diobol cunhado em Alexandria (Egito)em 51-52
Anv. Agripina drapeada com coroa Spicea e espigas no ombro esquerdo, 
AGRIPPI SEBASTH (Agripina Augusta)
Rev. Eutênia com coroa Spicea à direita,
EUQENIA  L IB (Eutênia XII ano)
(Ref.BMC 16/108; Milne-125; BN4-256; RC-658)
(Eutênia: figura da mitologia grega, um espírito feminino que personificava a prosperidade).

Cláudio-Áureo cunhado em Roma,cerca de 42
Anv. Cláudio laureado à direita,
TI CLAVD CAESAR AVG GERM P M TRIB POT P P
Rev. Agripina Júnior com coroa Spicea à direita,
AGRIPPINAE AVGVSTAE
(Ref. RIC I-80; BMCRE-72; CNR-4)

Coroa de Pampre (ramos de Videira)

República (L. Cassius Longinus, monetário)
Denário cunhado em Roma no ano 75 a.C.
Anv. Liber Pater com coroa de Pampre a à direita, 
Rev. Libera com coroa de Pampre à esquerda, CASSI Q F
(Ref. Crawford-386/1; Sidenham-779; Sear-317)
(Pampre: ramo de videira com as folhas e por vezes com as suas uvas)

Liber Pater ou Liber: Deus do vinho, da vinha e da fecundidade.
De  origem itálica na religião romana,  foi igualado com Baco (Dionísio).
O culto de Liber Pater e da sua consorte Libera, já era praticado na  Roma antiga, e festejado no dia 17 de março.

Embora o significado do seu culto se alterasse sobre a influência da mitologia grega, na origem ele apresentava uma fisionomia totalmente diferente das divindades grega Dionísio e Baco dos  romanos, às quais mais tarde ele foi assimilado.

Coroa Credemnon (Hera)

 Augusto-Áureo cunhado em Roma cerca 19-18 a.C.
(P. Petronius Turpilianus (monetário))
Anv. Baco com coroa Credemnon à direita
P PETRONIVS TVRPILIANVS III VIR
Rev. AVGVSTO  OB S.C no interior duma coroa cívica
(Ref. RIC I-278; BMCRE-4512; Calicó-143BNC-108)

Augusto-denário cunhado em Roma em 19-18 a.C.
(P. Petronius Turpilianus (monetário)
Anv. Bacor com coroa Credemno à direita,
P PETRONIVS TVRPILIANVS III VIR
Rev. Parta (ou parto) com um joelho no chão e um estandarte na mão direita,
CAES AVGVSTVS CAESAR SIGN RECE
(Ref. RIC-287; RCS-485; BMCRE-10; BN 118-126)

Planta de Baco (Dionísio grego) a hera mais a vinha são um dos atributos do deus e suas sacerdotisas, as Ménades.
O seu culto é centralizado sobre a liberdade e extásio pela alegria, mas também pela brutalidade: (efeitos do vinho).

Baco utilizava a coroa de Hera (chamada Credemon) para aliviar suas dores de cabeça, originadas pelo excessivo consumo de álcool.
O culto de Baco é indissociável das Bacantes (Ménades gregas), sacerdotisas deste deus.

Não tinham templo, e no dia das festividades com coroas de Hera e tirsos na mão, cantavam e dançavam correndo em direção das montanhas e bosques, que eram o seu domínio.

Os romanos tinham por hábito por uma coroa de Hera na cabeça para aliviar as dores, principalmente da cabeça.
Para aumentar o poder de cura, também utilizavam dois copos feitos de tronco de Hera: num metiam o vinho destinado ao culto de Baco, no outro ao doente.

O povo tinha muita fé neste Deus, ao qual imploravam muitas graças.
Para saberem se o seu desejo se realizava, metiam 9 folhas de Hera em água de nascente que ali permaneciam 9 dias.
No fim deste período se as folhas ainda flutuasse, as suas súplicas tinham sido concretizadas: caso se afundassem, a graça não lhes tinha sido concedida.

No século IV, o Império romano foi divido em dois: Império romano Ocidental e Império romano Oriental.

Se o primeiro desapareceu rapidamente (no século seguinte) sob a influência das invasões germânicas, e a criação de novos reinos no seu território; o segundo deu origem ao Império Bisantino que subsistiu até à tomada de Constantinopla pelos turcos-hotomanos em 1453.  

Império romano Ocidental

Flávio Honório (Flavius Honorius), primeiro imperador do Ocidente
Sólido (ouro) cunhado em Constantinopla entre 403 e 408
Anv. Honório com a coroa (de ouro) do Ocidente, escudo e lança,
DN HONORIVS P F  AVG
Rev. Constantinopla de frente, sentada num trono com capacete, escudo e lança,
CONCORDIA AVG  CONOB
(Ref. RIC X-30; Depeyrot-57/2)

Império romano Oriental

Flávio Arcádio (Flavius Arcadius), primeiro imperador do Oriente
Sólido (ouro) cunhado em Constantinopla entre 397e 402
Anv. Arcádio com a coroa (de ouro) do Oriente, escudo e lança,
DN ARCADIVS P F AVG
Rev. Constantinopla de frente, sentada num trono,
com capacete, lança e um globo encimado com uma Vitória,
CONCORDIA AVG   CONOB
(Ref. RIC X-7; DOCLR-210)  

MGeada

Bibliografia
Charles Victor Daremberg et Edmond Saglio ; Le Diccionnaire des Antiquités Grecques et Romaines-èditions Hachette , 1877-1919.
George Hacquard ; Guide mytologique de la Grece et de Rome- Hachette Éducation, Paris 1990.
Joel Schimidt ; Dieux, Déesses, héros de la Rome antique, èditions Molière, 2003.
Andrew Burnett, tradution de George depeyrot ; La Numismatique romaine de la Republique au Haut Empire.
Paul Petit ; Histoire  générale de l’Empire romain, èditions Seuil, Paris 1974.
A.Momigliano ; la caduta senza rumore di un impero (a queda silenciosa dum império): sexto contributo alla storia degli studi classici-Edizione di Storia e letteratura, Roma 1980, pp. 159-165.
http://www.reconstitution-romaine.com/lierre%20herboristerie%20romaine%20antique.html